A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul desar­ti­cu­lou nes­ta quar­ta-fei­ra (13/11) uma célu­la de uma orga­ni­za­ção cri­mi­no­sa res­pon­sá­vel por homi­cí­di­os em Dourados. A ação foi coor­de­na­da pela Seção de Investigações Gerais (SIG), que iden­ti­fi­cou sus­pei­tos liga­dos ao pla­ne­ja­men­to e supor­te logís­ti­co de assas­si­na­tos rea­li­za­dos por uma fac­ção cri­mi­no­sa com o obje­ti­vo de ampli­ar seu con­tro­le ter­ri­to­ri­al na cida­de.

As inves­ti­ga­ções tive­ram iní­cio após o homi­cí­dio de Júlio Cesar Estigarribia, de 21 anos, ocor­ri­do em 22 de setem­bro de 2024, em uma con­ve­ni­ên­cia no bair­ro Harrison de Figueiredo, em Dourados. A pri­são dos envol­vi­dos no cri­me reve­lou uma com­ple­xa rede de comu­ni­ca­ção entre mem­bros da fac­ção, que ope­ram tan­to den­tro da Penitenciária Estadual de Dourados (PED) quan­to em liber­da­de, per­mi­tin­do que a SIG apro­fun­das­se o tra­ba­lho inves­ti­ga­ti­vo. Segundo a Polícia Civil, a célu­la é sus­pei­ta de estar envol­vi­da em pelo menos outros três homi­cí­di­os na cida­de, espe­ci­al­men­te nos bair­ros Dioclécio Artuzi e Harrison de Figueiredo, onde o gru­po ten­ta­va expan­dir sua influên­cia.

Durante o cum­pri­men­to dos man­da­dos de bus­ca e apre­en­são, foram reco­lhi­dos diver­sos apa­re­lhos celu­la­res dos sus­pei­tos, que ago­ra pas­sa­rão por perí­cia téc­ni­ca. A aná­li­se dos dis­po­si­ti­vos visa reu­nir pro­vas adi­ci­o­nais e iden­ti­fi­car cone­xões com outros mem­bros da fac­ção.

A ope­ra­ção resul­tou na pri­são de três dos qua­tro inves­ti­ga­dos, enquan­to o quar­to sus­pei­to foi iden­ti­fi­ca­do, mas per­ma­ne­ce fora­gi­do.

O dele­ga­do Erasmo Cubas des­ta­cou a impor­tân­cia da ope­ra­ção no enfren­ta­men­to ao cri­me orga­ni­za­do. “A ope­ra­ção refle­te o com­pro­mis­so da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul no enfren­ta­men­to dire­to ao cri­me orga­ni­za­do, des­ta­can­do o tra­ba­lho con­tí­nuo de inte­li­gên­cia e o apoio da comu­ni­da­de em denún­ci­as que for­ta­le­cem a atu­a­ção poli­ci­al”, afir­mou Cubas. Ele acres­cen­tou que a desar­ti­cu­la­ção da célu­la enfra­que­ceu a estru­tu­ra da fac­ção, inter­rom­pen­do o flu­xo de infor­ma­ções e apoio logís­ti­co que sus­ten­ta­vam suas ati­vi­da­des. “A Polícia Civil segue empe­nha­da em pro­te­ger a soci­e­da­de sul-mato-gros­sen­se, refor­çan­do a impor­tân­cia do apoio à popu­la­ção por meio de denún­ci­as anô­ni­mas e cola­bo­ra­ti­vas, con­tri­buin­do para uma res­pos­ta fir­me e efi­caz ao cri­me orga­ni­za­do”, con­cluiu.

Fonte: PCMS