O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Chapadão do Sul, recomendou a suspensão do Processo Administrativo nº 565/24, que visa à contratação da Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec) para a realização de um concurso público. A recomendação foi emitida pela Promotora de Justiça Juliana Pellegrino Vieira, com base em uma série de fundamentos legais e constitucionais, visando à proteção da transparência e da legalidade na administração pública, especialmente em períodos de transição de governo.
O contrato firmado com a Fapec, no valor de R$ 366.664,61, foi realizado sem licitação, utilizando-se de dispensa, e teve sua assinatura após as eleições municipais de 2024, nas quais o candidato apoiado pelo prefeito atual não obteve sucesso. A vigência do contrato está estipulada de 9 de outubro a 31 de dezembro de 2024. Com o objetivo de averiguar possíveis irregularidades, a Promotoria instaurou o Inquérito Civil nº 06.2024.00001013–3. Entre os pontos investigados estão possíveis falhas na transparência e descumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI).
A publicação no Diário Oficial do MPMS detalha as razões que embasaram a recomendação de suspensão do concurso. Entre elas estão a defesa da Ordem Jurídica e do Patrimônio Público, a escolha pela dispensa de licitação, questões de transparência, e o impacto financeiro. A Controladoria Municipal alertou para o risco de ultrapassagem do limite de despesas com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, recomendando contenção de novos processos seletivos e controle nos gastos com pessoal.
A recomendação assinada pela Promotora Juliana Pellegrino Vieira sugere a suspensão do processo por 90 dias, orientando que o prefeito de Chapadão do Sul apresente, no prazo de cinco dias úteis, informações sobre as providências adotadas e sobre o acatamento da recomendação do MPMS.
O objetivo da ação do MPMS é assegurar a transparência e a conformidade das ações do Poder Público às normas financeiras e administrativas, além de resguardar o patrimônio público.
Fonte: MPMS