O consumo de energia no Brasil deverá aumentar em média 2,1% ao ano até 2034, de acordo com projeções elaboradas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e coordenadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Os dados estão no Caderno de Demanda e Eficiência Energética do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), divulgado nesta sexta-feira (11/10), que apresenta uma visão abrangente do futuro do consumo energético no país.
O estudo aponta que, em 2034, os derivados de petróleo devem continuar sendo a principal fonte de energia no Brasil. No entanto, prevê-se um aumento de 2,5% na participação da eletricidade, que é majoritariamente renovável, e um crescimento de 1,6% na utilização do gás natural.
Cenários de consumo e eficiência energética
Um dos destaques do caderno são as projeções para o consumo de eletricidade, que foram apresentadas em três cenários possíveis para lidar com a incerteza do crescimento econômico na próxima década. Os cenários ajudam a prever como a demanda de energia elétrica poderá evoluir, considerando diferentes ritmos de expansão econômica.
Além disso, o relatório enfatiza a importância da eficiência energética. Em 2034, os ganhos de eficiência previstos devem equivaler a uma economia de 6,7% do consumo energético final do Brasil registrado em 2023. O setor de transportes e o setor industrial são os principais contribuintes para essa economia, com participações de 46% e 36%, respectivamente.
Especificamente para a eletricidade, espera-se uma redução de 6,8% no consumo em 2034 em comparação a 2023, resultado de iniciativas como o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), o Programa de Eficiência Energética (PEE) da ANEEL e os Índices Mínimos de Eficiência Energética.
Políticas públicas e segurança energética
As políticas públicas de eficiência energética promovem a inovação tecnológica e a substituição de equipamentos por versões mais eficientes, além de incentivar hábitos de consumo que economizem energia. A adoção de práticas eficientes visa garantir a segurança energética do país, além de contribuir para a modicidade tarifária e a competitividade econômica.
De acordo com o PDE 2034, essas iniciativas são essenciais para o planejamento energético de longo prazo e para assegurar que o consumo de energia no Brasil continue a avançar em direção a um futuro sustentável e economicamente competitivo.
Fonte: MME