OPINIÃO

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Amigos lei­to­res, tenho o pra­zer de me apre­sen­tar falan­do aqui sobre his­tó­ri­as em qua­dri­nhos. Sou Olimpio Leme, cari­o­ca de nas­ci­men­to e cam­po-gran­den­se de cora­ção. Há mais de 35 anos resi­din­do por estas ban­das em nos­so que­ri­do Mato Grosso do Sul. Sou eco­no­mis­ta de for­ma­ção, dese­nhis­ta des­de os dois anos de ida­de, ban­cá­rio de pro­fis­são, ilus­tra­dor, cole­ci­o­na­dor de bone­cos de ação e ago­ra cri­a­dor de his­tó­ri­as em qua­dri­nhos.

Minha his­tó­ria com Quadrinhos

Minha aven­tu­ra com HQs come­çou quan­do aos cin­co anos de ida­de ganhei de pre­sen­te de meu pai minha pri­mei­ra revis­ti­nha da “Turma da Mônica”, no for­ma­ti­nho “Abril” (para os mais sau­do­sos des­ta épo­ca). Isto foi a por­ta de entra­da para bus­car outras lei­tu­ras, não só qua­dri­nhos, mas tam­bém his­tó­ri­as e con­tos da lite­ra­tu­ra. Meu pai era afi­ci­o­na­do em ler duran­te as via­gens de metrô que fazia no tra­je­to para o tra­ba­lho, no Rio de Janeiro. Para os mais jovens, hoje, gru­da­dos nos celu­la­res, eu expli­co que era des­ta for­ma que pas­sá­va­mos o tem­po; len­do jor­nais, revis­tas, car­tas e livros. Assim que ele ter­mi­na­va, pas­sa­va para mim os livri­nhos de bol­so da edi­to­ra Ediouro, que tinha por obje­ti­vo popu­la­ri­zar obras con­sa­gra­das da lite­ra­tu­ra mun­di­al, tais como: Sherlock Homes, Contos dos irmãos Grimm, Lewis Carroll, etc. Ou seja, as his­tó­ri­as em qua­dri­nhos tive­ram papel fun­da­men­tal no meu hábi­to de ler. Popularizar este for­ma­to é levar o cos­tu­me da lei­tu­ra a todos a ida­des e tama­nhos. Tanto os mais novos, em pro­ces­so de alfa­be­ti­za­ção, quan­to os adul­tos em bus­ca de his­tó­ri­as auto­rais. As HQs podem ser usa­das com o intui­to de edu­car, diver­tir e tam­bém levar à refle­xão.

O valor das Histórias em Quadrinhos para o mun­do, ou como cari­nho­sa­men­te gos­to de cha­mar, História em Artes, tem apli­ca­ção em tudo no seu dia a dia. Desde os fil­mes de ação da Marvel e da DC (Os Vingadores, Homem-ara­nha, Superman, Batman), como os fil­mes mais com­ple­xos, tais como “Marcas da Violência”, “No Limite do Amanhã”, “Estrada para Perdição”, “Expresso do Amanhã”, etc. Muitos pro­je­tos come­çam com as HQs e saem dos livros e revis­tas para movi­men­tar a indús­tri­as bili­o­ná­ri­as dos fil­mes, Séries e Videogames. Só para citar, o últi­mo suces­so foi o fil­me do per­so­na­gem da Marvel Deadpool, que fala sobre um anti-herói desa­jus­ta­do que ten­ta fazer o cer­to por ações trans­lou­ca­das, e é cla­ro, nos fazen­do dar boas risa­das no pro­ces­so.

Sobre minha pri­mei­ra obra

Estudando todas estas ver­ten­tes fiz tam­bém minha HQ, “Garcia — Luta, Fé e Justiça”, que fala sobre um Justiceiro que bus­ca vin­gar a mor­te de seu irmão, per­se­guin­do seus assas­si­nos pelo Sertão de Minas Gerais. E por que logo Minas Gerais? Nossa região foi colo­ni­za­da por minei­ros e mui­ta de nos­sa cul­tu­ra veio de lá. Começar por eles é impor­tan­te para enten­der a nos­sa men­ta­li­da­de inte­ri­o­ra­na tão for­te em nos­sa iden­ti­da­de cul­tu­ral. Pesquisar os nomes de pes­so­as que exis­ti­ram, que vive­ram e roman­ce­ar atra­vés de uma his­tó­ria que já exis­tia atra­vés da ora­li­da­de do nos­so povo. Misturar mito com rea­li­da­de foi real­men­te um tra­ba­lho desa­fi­a­dor. Levar par­te da his­tó­ria de nós sul-mato-gros­sen­ses falan­do sobre um ante­pas­sa­do de umas das pri­mei­ras famí­li­as que ocu­pa­ram a região do bol­são, a famí­lia Garcia Leal.

Tive espe­ci­al cui­da­do em não fazer um con­to fecha­do, do Garcia Sete Orelhas, como todo mun­do vê por aí, mas sim colo­cá-lo no con­tex­to do Brasil, da nos­sa mis­ci­ge­na­ção e no pen­sa­men­to sócio polí­ti­co da épo­ca. Mais do que nun­ca, apre­sen­tar uma foto do perío­do de nos­sa ocu­pa­ção nos espa­ços rurais e enten­der como foi dura e infle­xí­vel o ambi­en­te que se apre­sen­tou para nós. O Brasil de matas vir­gens e cer­ra­dos exten­sos que já pos­suía seus ocu­pan­tes, tra­zen­do outros tan­tos a for­ça e de quão con­fli­tu­o­so foi este con­ta­to. Januário Garcia Leal foi um homem de seu tem­po que atra­vés do mun­do que se impôs a ele, mes­mo com suas ações infle­xí­veis, foi leal a seus prin­cí­pi­os. O livro “Garcia — Luta, Fé e Justiça” está dis­po­ní­vel para ven­da atra­vés do con­ta­to no ins­ta­gram @olimpiolemecavalheiro e @garcialutafeejustica.

SOBRE O AUTOR

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Olímpio Leme

Meu nome é Olimpio Leme. Sou bancário, economista, desenhista, ilustrador, fui vendedor e professor, agora pretenso quadrinista. Apaixonado por artes desde os dois anos de idade, aficionado por histórias em quadrinhos, bonequinhos, matemática e histórias contadas sobre as origens do Brasil e do mundo.

"Os artigos assinados por editores convidados refletem as opiniões e visões pessoais dos autores e não necessariamente representam a posição editorial deste jornal. O conteúdo é de inteira responsabilidade dos respectivos colaboradores."

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