Com 76% das vagas, pecuária é atividade predominante entre os 9 municípios do bioma e contribui com 23% da riqueza de MS
Pecuária no Pantanal gera mais de R$ 1,83 bilhão ao ano
Foto: Divulgação/Famasul

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A pecuá­ria é a ati­vi­da­de econô­mi­ca que mais gera empre­gos no Pantanal, res­pon­sá­vel por 76% das ocu­pa­ções nos nove muni­cí­pi­os que com­põem o bio­ma, segun­do dados do Sistema Famasul. Em come­mo­ra­ção ao Dia do Pantanal, cele­bra­do nes­te mês, a enti­da­de lan­çou uma série de repor­ta­gens que des­ta­cam a inte­gra­ção sus­ten­tá­vel entre a agro­pe­cuá­ria e o meio ambi­en­te no desen­vol­vi­men­to soci­o­e­conô­mi­co de Mato Grosso do Sul. Atualmente, o setor repre­sen­ta 23% da rique­za gera­da no esta­do, con­so­li­dan­do sua impor­tân­cia tan­to para a eco­no­mia quan­to para a soci­e­da­de da região pan­ta­nei­ra.

Com uma popu­la­ção de mais de 278 mil habi­tan­tes, as cida­des da região pan­ta­nei­ra somam cer­ca de 10% da popu­la­ção de Mato Grosso do Sul. Desses, apro­xi­ma­da­men­te 45 mil vivem no cam­po, com des­ta­que para as ati­vi­da­des de bovi­no­cul­tu­ra de cor­te e cul­ti­vo de cana-de-açú­car. Em 2023, o Pantanal empre­gou dire­ta­men­te 13.158 pes­so­as, con­tri­buin­do para os 90.244 pos­tos de tra­ba­lho man­ti­dos pela agro­pe­cuá­ria no esta­do. O fatu­ra­men­to total das ati­vi­da­des gera­do­ras de empre­gos alcan­ça R$ 3,21 bilhões, sen­do a pecuá­ria o setor com mai­or impac­to finan­cei­ro.

Capacitação e desen­vol­vi­men­to sus­ten­tá­vel

O Senar/MS desem­pe­nha um impor­tan­te papel no desen­vol­vi­men­to do Pantanal, com a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) aten­den­do 1.022 pro­du­to­res rurais e ofe­re­cen­do mais de 300 cur­sos de capa­ci­ta­ção pre­sen­ci­ais e a dis­tân­cia. Até outu­bro de 2024, foram capa­ci­ta­dos 8.163 tra­ba­lha­do­res do cam­po, con­tri­buin­do para a pro­fis­si­o­na­li­za­ção do setor e aumen­tan­do as chan­ces de suces­so e ren­ta­bi­li­da­de dos empre­en­di­men­tos locais.

A pecuá­ria, ati­vi­da­de pre­do­mi­nan­te na região há mais de 200 anos, des­ta­ca-se pela bovi­no­cul­tu­ra de cor­te exten­si­va, que res­pei­ta o ecos­sis­te­ma local. A pro­du­ção ocor­re em áre­as pri­va­das, pre­ser­van­do 84% da vege­ta­ção nati­va, e demons­tra a com­pa­ti­bi­li­da­de entre eco­no­mia e pre­ser­va­ção ambi­en­tal.

Pecuária no Pantanal gera mais de R$ 1,83 bilhão ao ano
Foto: Divulgação/Famasul

Corumbá: reba­nho bovi­no e diver­si­fi­ca­ção

Corumbá pos­sui o segun­do mai­or reba­nho bovi­no do Brasil, com mais de 2,1 milhões de cabe­ças, repre­sen­tan­do 38,8% do reba­nho do Pantanal e 20,56% do reba­nho esta­du­al de Mato Grosso do Sul. A cida­de tam­bém é des­ta­que na cri­a­ção de ovi­nos, ocu­pan­do a pri­mei­ra posi­ção no esta­do com um reba­nho de 14.996 cabe­ças. Outros muni­cí­pi­os, como Aquidauana e Porto Murtinho, tam­bém se des­ta­cam na cri­a­ção de ovi­nos, enquan­to Rio Verde de Mato Grosso des­pon­ta na sui­no­cul­tu­ra.

Crescimento e sus­ten­ta­bi­li­da­de

De 2014 a 2023, a pecuá­ria no bio­ma Pantanal teve um cres­ci­men­to expres­si­vo: a área de pas­to aumen­tou 3%, o reba­nho bovi­no subiu 8%, e a pro­du­ti­vi­da­de che­gou a 0,84 cabe­ças por hec­ta­re, regis­tran­do um aumen­to de 5% no perío­do. Esse cres­ci­men­to é fun­da­men­tal para a sus­ten­ta­bi­li­da­de econô­mi­ca do Pantanal e refle­te o poten­ci­al de desen­vol­vi­men­to agrí­co­la ali­a­do à pre­ser­va­ção do meio ambi­en­te.

O suces­so das ati­vi­da­des agro­pe­cuá­ri­as no Pantanal é dire­ta­men­te influ­en­ci­a­do pela qua­li­fi­ca­ção dos ges­to­res e cola­bo­ra­do­res. Atualmente, a região con­ta com 216 ins­ti­tui­ções de ensi­no bási­co e 10 ins­ti­tui­ções que ofe­re­cem cur­sos téc­ni­cos, gra­du­a­ção e pós-gra­du­a­ção, incen­ti­van­do a capa­ci­ta­ção con­tí­nua no setor.

Fonte: Famasul

SOBRE O AUTOR

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Odirley Deotty

Odirley Deotti é jornalista, escritor, designer gráfico e chefe de redação do Guia MS Notícias.

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