Após cinco anos sem registros de Hepatite A, Campo Grande confirma 92 casos da doença este ano, de acordo com a Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). Os casos começaram a surgir em setembro e afetam majoritariamente homens entre 20 e 49 anos, além de uma menor proporção de adolescentes. A superintendente Veruska Ladho destacou a importância da atenção aos cuidados preventivos em entrevista ao programa Rádio Livre, da FM Educativa 104,7.
A Hepatite A é uma infecção viral transmitida pela via fecal-oral, sendo a falta de saneamento básico um fator relevante para o contágio, embora a cidade tenha 85% de cobertura sanitária. Veruska enfatiza a necessidade de boas práticas de higiene no consumo e preparo de alimentos, como lavar as mãos com frequência, utilizar água filtrada ou fervida e cozinhar adequadamente os alimentos. A transmissão também pode ocorrer por relações sexuais desprotegidas.
Entre os sintomas mais comuns estão febre alta, náusea, urina escura e icterícia, caracterizada pela coloração amarelada na pele. Embora o tratamento seja geralmente simples, a superintendente alerta que pacientes imunodeprimidos, com HIV, doenças hepáticas crônicas ou transplantados precisam de atenção redobrada.
A vacina contra a Hepatite A está disponível para crianças a partir de 15 meses e para grupos de risco no Centro de Imunobiológicos Especiais (CRIE), localizado no Hospital Regional de Campo Grande.