O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 69ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, atu­ou nes­ta quin­ta-fei­ra (31) na Operação Lobo Mau, uma ação coor­de­na­da entre o Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo para com­ba­ter cri­mes ciber­né­ti­cos de por­no­gra­fia infan­to­ju­ve­nil.

A ope­ra­ção, que con­ta com o apoio de órgãos de segu­ran­ça em 20 esta­dos e no Distrito Federal, incluiu o cum­pri­men­to de dois man­da­dos de bus­ca e apre­en­são em Dourados e Naviraí, onde uma pes­soa foi pre­sa em fla­gran­te por arma­ze­na­men­to de con­teú­do proi­bi­do.

Com o obje­ti­vo de desar­ti­cu­lar redes de explo­ra­ção sexu­al infan­til, a ope­ra­ção mobi­li­zou, no Mato Grosso do Sul, um pro­mo­tor de Justiça, dois dele­ga­dos, 13 inves­ti­ga­do­res e cin­co peri­tos, com o apoio de sete via­tu­ras.

Em âmbi­to naci­o­nal, a ope­ra­ção exe­cu­tou 94 man­da­dos de bus­ca e um de pri­são por por­no­gra­fia infan­to­ju­ve­nil, con­tan­do com a par­ti­ci­pa­ção das Polícias Civis, Polícias Militares de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, e com a coo­pe­ra­ção inter­na­ci­o­nal da Agência de Investigação Interna (HSI) e da Embaixada dos Estados Unidos.

Operação Lobo Mau

A ope­ra­ção é lide­ra­da pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) de São José do Rio Preto (SP) e a Polícia Civil de São Paulo, e visa com­ba­ter gru­pos cri­mi­no­sos que pro­du­zem, arma­ze­nam e com­par­ti­lham mate­ri­al de por­no­gra­fia infan­to­ju­ve­nil.

As inves­ti­ga­ções iden­ti­fi­ca­ram sus­pei­tos que se pas­sam por adul­tos em pla­ta­for­mas como Telegram, Instagram, Signal, WhatsApp e até em jogos vir­tu­ais para indu­zir cri­an­ças e ado­les­cen­tes a pro­du­zir con­teú­do de nudez, que é pos­te­ri­or­men­te dis­tri­buí­do em gru­pos fecha­dos.

O nome “Lobo Mau” faz refe­rên­cia ao modus ope­ran­di dos pre­da­do­res sexu­ais, que, ao dis­far­ça­rem-se de pes­so­as comuns, apro­xi­mam-se das víti­mas no ambi­en­te vir­tu­al. Segundo os inves­ti­ga­do­res, o alcan­ce das redes soci­ais e dos jogos onli­ne ampli­fi­ca a expo­si­ção das víti­mas, refor­çan­do a neces­si­da­de de ope­ra­ções inte­gra­das e de ampla coo­pe­ra­ção entre órgãos naci­o­nais e inter­na­ci­o­nais.