O can­di­da­to à pre­si­dên­cia da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), Lucas Rosa, regis­trou um Boletim de Ocorrência na manhã des­ta ter­ça-fei­ra (29) após encon­trar uma câme­ra ocul­ta em seu comi­tê de cam­pa­nha, que tam­bém fun­ci­o­na como seu escri­tó­rio de advo­ca­cia, no cen­tro de Campo Grande. A des­co­ber­ta, que levan­ta ques­tões de pri­va­ci­da­de e segu­ran­ça no con­tex­to elei­to­ral, mobi­li­zou a Polícia Civil, que já enca­mi­nhou o dis­po­si­ti­vo de espi­o­na­gem para aná­li­se.

Lucas Rosa, líder da cha­pa “Renovação: OAB de Todos”, sus­pei­tou da exis­tên­cia de uma escu­ta após infor­ma­ções con­fi­den­ci­ais de reu­niões de cam­pa­nha vaza­rem para adver­sá­ri­os. A pre­o­cu­pa­ção levou Rosa a bus­car o auxí­lio de seu pri­mo, Elcio Luiz da Rosa Escobar, que o apoia na orga­ni­za­ção do comi­tê, para rea­li­zar uma ins­pe­ção no local. No últi­mo sába­do (26), Elcio encon­trou uma peque­na câme­ra, do tama­nho de uma cáp­su­la de café, escon­di­da entre livros e dire­ci­o­na­da para o com­pu­ta­dor de Rosa, indi­can­do um pos­sí­vel obje­ti­vo de espi­o­na­gem para gra­va­ção de áudio e vídeo.

“A estan­te onde o dis­po­si­ti­vo foi encon­tra­do é uma adi­ção recen­te ao escri­tó­rio, ins­ta­la­da no final de setem­bro”, comen­tou Rosa, des­ta­can­do que ante­ri­or­men­te não havia nenhum equi­pa­men­to seme­lhan­te no local. Para garan­tir mais segu­ran­ça, ele e o advo­ga­do Carlos Alberto de Jesus Marques deci­di­ram ins­ta­lar uma câme­ra na entra­da do escri­tó­rio, com o intui­to de moni­to­rar o movi­men­to e ten­tar iden­ti­fi­car pos­sí­veis envol­vi­dos na ins­ta­la­ção da escu­ta.

Sem infor­ma­ções sobre o res­pon­sá­vel pela ação, Rosa for­ma­li­zou a denún­cia, bus­can­do res­pon­sa­bi­li­za­ção cri­mi­nal do autor do ato. Em res­pos­ta, a equi­pe téc­ni­ca da Polícia Civil rea­li­zou a reti­ra­da da câme­ra, e o local segue pre­ser­va­do para futu­ras inves­ti­ga­ções.

Com a elei­ção da OAB/MS mar­ca­da para o pró­xi­mo dia 22 de novem­bro, a pos­sí­vel espi­o­na­gem gerou indig­na­ção entre Rosa, sua equi­pe e apoi­a­do­res, que aguar­dam o avan­ço das inves­ti­ga­ções. “É inad­mis­sí­vel que nos­sa pri­va­ci­da­de e nos­sa segu­ran­ça sejam ame­a­ça­das em ple­no pro­ces­so elei­to­ral”, mani­fes­tou-se Rosa, des­ta­can­do o com­pro­mis­so com a trans­pa­rên­cia e éti­ca duran­te a cam­pa­nha.

Fonte: AsseCom