A Justiça suspendeu o concurso público de Itaporã, Mato Grosso do Sul, após ação do Ministério Público Estadual (MPMS), que identificou possíveis irregularidades no processo de contratação da empresa responsável pela seleção. A medida interrompe o contrato firmado entre a Prefeitura de Itaporã e a Associação de Incentivo à Pesquisa e Ensino Plínio Mendes dos Santos, sediada em Campo Grande. O acordo tinha o valor de R$ 205 mil.
O MPMS apontou que a contratação ocorreu sem licitação, o que foi um dos principais motivos para a suspensão. Além disso, a Promotoria destacou a rapidez incomum do processo, que se deu apenas sete dias após a abertura da dispensa de licitação. O edital, publicado em tempo exíguo, oferecia 285 vagas na administração municipal, com salários de até R$ 6,3 mil. As inscrições estavam programadas para o período de 21 de outubro a 3 de novembro, e as provas objetivas seriam realizadas no dia 24 de novembro de 2024.
Contratação sem licitação e rapidez do processo são alvos de questionamento
A 1ª Promotoria de Justiça de Itaporã ajuizou a ação civil pública, questionando a idoneidade ético-profissional da Associação Plínio Mendes dos Santos, bem como a ausência de fins lucrativos da instituição, fatores que motivaram a dispensa de licitação. Outro ponto de crítica foi a celeridade do processo, que coincidiu com o final do mandato do atual prefeito e ocorreu logo após a eleição de um candidato de oposição.
Em decisão datada de 23 de outubro, a Justiça concedeu uma liminar suspendendo o concurso público nº 001/2024 e proibiu qualquer pagamento à empresa, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00. Os envolvidos têm 15 dias para apresentar defesa perante o juízo.
Fonte: MPMS