Secretaria Estadual de Saúde monitora surto de H1N1 em Goiás após mortes de duas crianças; aumento expressivo de casos preocupa
Surto de H1N1 em Goiás coloca três escolas sob investigação
Foto: Matheus Britto/Secretaria de Saúde/PJG

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Três esco­las em Goiás estão sen­do inves­ti­ga­das pela Secretaria Estadual de Saúde após um sur­to de H1N1 que resul­tou na mor­te de dois estu­dan­tes. Duas das ins­ti­tui­ções estão loca­li­za­das em Goiânia, e uma em Aparecida de Goiás, muni­cí­pio vizi­nho à capi­tal. As víti­mas foram uma ado­les­cen­te de 12 anos, que fale­ceu no últi­mo domin­go (13), e um meni­no de 5 anos, que mor­reu na ter­ça-fei­ra (15).

Com o aumen­to dos casos, o gover­no esta­du­al imple­men­tou uma “sala de situ­a­ção” para acom­pa­nhar dia­ri­a­men­te a evo­lu­ção da doen­ça, além de inten­si­fi­car a comu­ni­ca­ção com as esco­las. A cam­pa­nha pede que as ins­ti­tui­ções de ensi­no noti­fi­quem ime­di­a­ta­men­te a Secretaria de Saúde sem­pre que hou­ver três ou mais ocor­rên­ci­as de sin­to­mas gri­pais entre estu­dan­tes.

Desde o iní­cio de 2024, Goiás regis­trou 6.044 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), dos quais 241 foram con­fir­ma­dos como H1N1, repre­sen­tan­do um aumen­to de 65% em rela­ção aos 145 casos de 2023. O esta­do con­ta­bi­li­za 47 mor­tes rela­ci­o­na­das sur­to de H1N1, em com­pa­ra­ção com as 29 mor­tes ocor­ri­das em todo o ano pas­sa­do.

A Secretaria Estadual de Saúde refor­ça a impor­tân­cia da vaci­na­ção, espe­ci­al­men­te para os gru­pos pri­o­ri­tá­ri­os: cri­an­ças, ido­sos, ges­tan­tes, mulhe­res no pós-par­to e pes­so­as imu­no­de­pri­mi­das. Para enfren­tar o aumen­to da deman­da, o gover­no esta­du­al noti­fi­ca­rá a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia para rea­brir cer­ca de 20 salas de vaci­na­ção que foram fecha­das por fal­ta de pro­fis­si­o­nais.

Entre as reco­men­da­ções da Secretaria de Saúde está o afas­ta­men­to ime­di­a­to de cri­an­ças e pro­fes­so­res que apre­sen­tem sin­to­mas gri­pais, a fim de evi­tar a dis­se­mi­na­ção do vírus. Medidas pre­ven­ti­vas, como a higi­e­ne cons­tan­te das mãos, o uso de más­ca­ras e o iso­la­men­to de pes­so­as com sin­to­mas, tam­bém estão sen­do incen­ti­va­das. Embora o uso de más­ca­ras não seja obri­ga­tó­rio no esta­do, a reco­men­da­ção é que seja ado­ta­do sem­pre que pos­sí­vel.

O gover­no esta­du­al ain­da emi­ti­rá uma atu­a­li­za­ção da nota téc­ni­ca divul­ga­da no pri­mei­ro semes­tre de 2024, que con­tém ori­en­ta­ções deta­lha­das sobre os cui­da­dos neces­sá­ri­os para con­ter a pro­pa­ga­ção do H1N1 nas esco­las e demais ambi­en­tes.

Fonte: Agência Brasil

SOBRE O AUTOR

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Odirley Deotty

Odirley Deotti é jornalista, escritor, designer gráfico e chefe de redação do Guia MS Notícias.

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