Mato Grosso do Sul registrou queda de 29,22% nas importações de fertilizantes de janeiro a agosto de 2024, enquanto as importações no Brasil aumentaram 11,92%.
Importações de fertilizantes caem 29,22% em Mato Grosso do Sul em 2024
Foto: Arquivo/Aprosoja-MS

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Enquanto o Brasil regis­tra alta de 11,92%, MS apre­sen­ta retra­ção no volu­me de fer­ti­li­zan­tes impor­ta­dos devi­do a fato­res econô­mi­cos e cli­má­ti­cos.

De janei­ro a agos­to de 2024, as impor­ta­ções de fer­ti­li­zan­tes em Mato Grosso do Sul caí­ram 29,22% em com­pa­ra­ção ao mes­mo perío­do do ano ante­ri­or. Segundo o Boletim de fer­ti­li­zan­tes da Aprosoja/MS, com base em dados da SECEX, o Estado impor­tou 635,6 mil tone­la­das, fren­te às 897,9 mil tone­la­das regis­tra­das em 2023.

Os fer­ti­li­zan­tes potás­si­cos tive­ram a mai­or que­da, com uma redu­ção de 30,55%, pas­san­do de 402,2 mil tone­la­das para 279,3 mil tone­la­das. Os fos­fa­ta­dos e azo­ta­dos tam­bém apre­sen­ta­ram retra­ção, com dimi­nui­ções de 25,38% e 23,40%, res­pec­ti­va­men­te.

Mateus Fernandes, eco­no­mis­ta da Aprosoja/MS, expli­cou que a redu­ção refle­te a com­pra ante­ci­pa­da de pro­du­tos, rea­li­za­da quan­do os pre­ços esta­vam mais favo­rá­veis. “Agora, os pro­du­to­res espe­ram uma nova bai­xa nas cota­ções para retor­na­rem ao mer­ca­do. Além dis­so, outro fator impor­tan­te que deve ser con­si­de­ra­do na ava­li­a­ção é a que­bra de pro­du­ti­vi­da­de de soja e de milho aqui no Estado. Esse cená­rio pode ter impac­ta­do no poder de com­pra do pro­du­tor e das reven­das de insu­mos agrí­co­las, jus­ti­fi­can­do a redu­ção no perío­do apu­ra­do”, afir­mou.

Os prin­ci­pais paí­ses for­ne­ce­do­res de fer­ti­li­zan­tes para MS foram a Arábia Saudita (20%), China (19%) e Rússia (18%).

Cenário Nacional

No Brasil, as impor­ta­ções de fer­ti­li­zan­tes subi­ram 11,92% no mes­mo perío­do, tota­li­zan­do 27,24 milhões de tone­la­das em 2024. O des­ta­que foi para os pro­du­tos fos­fa­ta­dos, que regis­tra­ram um cres­ci­men­to de 33,16%, segui­dos pelos potás­si­cos (13,83%) e azo­ta­dos (9,85%). China e Rússia foram as mai­o­res for­ne­ce­do­ras para o mer­ca­do bra­si­lei­ro, repre­sen­tan­do 44% do total.

Apesar do aumen­to nas impor­ta­ções, a pro­du­ção naci­o­nal caiu 1,79% no pri­mei­ro semes­tre de 2024, pas­san­do de 3,19 milhões para 3,07 milhões de tone­la­das, segun­do dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA).

Fonte: Aprosoja/MS

SOBRE O AUTOR

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Odirley Deotty

Odirley Deotti é jornalista, escritor, designer gráfico e chefe de redação do Guia MS Notícias.

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