Expectativa de queda nos preços influencia redução nas compras; Rússia lidera fornecimento ao Estado
Mato Grosso do Sul importou 532,8 mil toneladas de fertilizantes no primeiro semestre de 2024, um volume 24,5% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior, quando foram adquiridas 705,9 mil toneladas. O total importado inclui fertilizantes azotados, potássicos e fosfatados.
Segundo o economista da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), Mateus Fernandes, “a compra de fertilizantes no Estado está atrasada em relação aos anos anteriores, e isso se justifica pela perspectiva de queda de preço nos próximos meses, o que acaba impactando no volume adquirido”.
O Boletim de Fertilizantes da Aprosoja/MS, divulgado nesta semana, apontou que o preço médio dos fertilizantes apresentou uma redução de 2,35% entre julho de 2023 e julho de 2024. Neste período, a tonelada de fosfato monoamônico (MAP) foi comercializada a R$2.500,00, enquanto os compostos de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e o cloreto de potássio (KCl) custaram R$2.900,00 cada.
Os principais fornecedores de fertilizantes para Mato Grosso do Sul foram a Rússia, que representou 40% das importações, seguida pelo Canadá, com 21%, e pelos Estados Unidos, com 14%.
Contexto nacional
No Brasil, as importações totais de fertilizantes cresceram 11,56% no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. O aumento foi mais expressivo nos fertilizantes potássicos (20,94%) e fosfatados (42,11%), enquanto os azotados tiveram um crescimento de 1,30%.
Apesar do aumento nas importações, o volume entregue ao mercado brasileiro caiu 10% entre janeiro e maio deste ano, totalizando 14,24 milhões de toneladas. A produção nacional também registrou uma queda de 4,92%, com 2,48 milhões de toneladas produzidas no período.
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Fonte: Aprosoja
Foto: Divulgação/Web