A pre­si­den­te do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS (Concen-MS), que tam­bém pre­si­de o Conselho Nacional de Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica (CONACEN), Rosimeire Costa, par­ti­ci­pou do Workshop do Programa “Energias da Amazônia”, rea­li­za­do nos dias 21 e 22 de novem­bro de 2024, no Grande Auditório do Palácio Antônio Lemos, em Belém, Pará. Promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em par­ce­ria com a Global Energy Alliance for People and Planet, o even­to reu­niu espe­ci­a­lis­tas, líde­res comu­ni­tá­ri­os e repre­sen­tan­tes de diver­sos seto­res para dis­cu­tir solu­ções ener­gé­ti­cas sus­ten­tá­veis des­ti­na­das aos sis­te­mas iso­la­dos da Amazônia Legal.

O prin­ci­pal obje­ti­vo do workshop foi apre­sen­tar as ações e ins­tru­men­tos do Programa Energias da Amazônia, ins­ti­tuí­do pelo Decreto nº 11.648/2023, que bus­ca subs­ti­tuir o uso de óleo die­sel por ener­gi­as reno­vá­veis na gera­ção de ener­gia nos sis­te­mas iso­la­dos da região. A ini­ci­a­ti­va visa bene­fi­ci­ar mais de 3,1 milhões de pes­so­as que vivem em loca­li­da­des sem cone­xão ao Sistema Interligado Nacional (SIN), pro­mo­ven­do sus­ten­ta­bi­li­da­de ambi­en­tal e inclu­são soci­al.

Rosimeire Costa des­ta­cou o papel essen­ci­al dos con­se­lhos de con­su­mi­do­res na defe­sa dos direi­tos dos con­su­mi­do­res de ener­gia elé­tri­ca, espe­ci­al­men­te em regiões de difí­cil aces­so. Segundo Costa, a par­ti­ci­pa­ção foi impor­tan­te na for­mu­la­ção do edi­tal de cha­ma­men­to de pro­je­to, do pla­no de tra­ba­lho do pro­gra­ma, que incluiu a apro­va­ção dos muni­cí­pi­os ele­gí­veis para par­ti­ci­par do pro­je­to e a cri­a­ção de um calen­dá­rio para a apre­sen­ta­ção de pro­pos­tas por pro­du­to­res inde­pen­den­tes, dis­tri­bui­do­ras e demais inte­res­sa­dos.

“Trocar o com­bus­tí­vel fós­sil por ener­gi­as reno­vá­veis no sis­te­ma iso­la­do da Amazônia é impres­cin­dí­vel. Estamos pre­ser­van­do o meio ambi­en­te com sus­ten­ta­bi­li­da­de e, ao mes­mo tem­po, garan­tin­do que famí­li­as tenham aces­so à ener­gia, à edu­ca­ção e à inter­net. Esses são insu­mos essen­ci­ais para o desen­vol­vi­men­to huma­no e a cida­da­nia”, afir­mou Rosimeire.

Avanços e impac­tos ambi­en­tais

A pre­si­den­te tam­bém enfa­ti­zou que a ini­ci­a­ti­va mar­ca um pas­so sig­ni­fi­ca­ti­vo na redu­ção de emis­sões na Amazônia, ao subs­ti­tuir o uso de com­bus­tí­vel fós­sil por ener­gia solar com bate­ri­as. Esse avan­ço ape­nas pro­te­ge o patrimô­nio ambi­en­tal da região e tam­bém deso­ne­ra a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), redu­zin­do o impac­to dos sub­sí­di­os na tari­fa de ener­gia elé­tri­ca.

“A tran­si­ção ener­gé­ti­ca nos sis­te­mas iso­la­dos é um esfor­ço para des­com­pri­mir as fatu­ras de ener­gia das famí­li­as e mini­mi­zar a pres­são sobre a CDE. Ao mes­mo tem­po, esta­mos aju­dan­do a pre­ser­var a flo­res­ta, que é um patrimô­nio mun­di­al, pro­mo­ven­do o uso de tec­no­lo­gi­as mais lim­pas e efi­ci­en­tes”, des­ta­cou Rosimeire.

Transparência e res­pon­sa­bi­li­da­de

Outro pon­to res­sal­ta­do foi o com­pro­mis­so com a trans­pa­rên­cia e res­pon­sa­bi­li­da­de na apli­ca­ção dos recur­sos públi­cos. A assi­na­tu­ra do edi­tal pelo minis­tro de Minas e Energia, duran­te o even­to, foi con­si­de­ra­da um mar­co impor­tan­te do tra­ba­lho da comis­são. O edi­tal esta­be­le­ce dire­tri­zes cla­ras para a sele­ção de pro­je­tos, com o obje­ti­vo de garan­tir que os inves­ti­men­tos sejam fei­tos de for­ma efi­ci­en­te e sus­ten­tá­vel.

Diálogo e inclu­são

O Workshop “Energias da Amazônia” tam­bém pro­mo­veu deba­tes sobre o pla­ne­ja­men­to dos sis­te­mas iso­la­dos, aspec­tos regu­la­tó­ri­os e ino­va­ções tec­no­ló­gi­cas, além de refor­çar a impor­tân­cia da par­ti­ci­pa­ção soci­al na for­mu­la­ção e exe­cu­ção das ini­ci­a­ti­vas.

O even­to con­so­li­dou-se como um espa­ço de cons­tru­ção cole­ti­va, for­ta­le­cen­do o diá­lo­go entre o gover­no, a soci­e­da­de civil e o setor pri­va­do.

“Fazer par­te des­se gru­po, que tra­ba­lhou inten­sa­men­te nos últi­mos dois anos para ela­bo­rar um docu­men­to robus­to e trans­pa­ren­te, é uma gran­de satis­fa­ção. Estamos entre­gan­do para a popu­la­ção um edi­tal que refle­te dis­cus­sões pro­fun­das e pri­o­ri­za solu­ções que impac­tam dire­ta­men­te a vida de milha­res de pes­so­as”, con­cluiu Rosimeire.

Fonte: Conacen