Estado já confirmou 40 casos da doença e um óbito em 2025; imunização de gestantes é essencial para proteger bebês
Vacinação contra a coqueluche em Mato Grosso do Sul ganha reforço após aumento de casos no país
Foto: Bruno Rezende

Clique e ouça a matéria

A vacinação contra a coqueluche em Mato Grosso do Sul está sendo reforçada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) diante do aumento de casos da doença no Brasil e em outros países da América Latina. Em 2025, o estado já confirmou 40 casos e registrou a morte de um bebê de 1 mês, cuja mãe não recebeu a vacina dTpa durante a gestação. O imunizante está disponível gratuitamente nas unidades do SUS.

A doença é altamente contagiosa e representa risco elevado para crianças pequenas, especialmente recém-nascidos. A imunização segue o calendário nacional: crianças devem receber a vacina Pentavalente aos 2, 4 e 6 meses, com reforços da DTP aos 15 meses e 4 anos. Já as gestantes devem ser vacinadas com a dTpa a partir da 20ª semana de cada gestação, medida essencial para garantir proteção ao bebê nos primeiros meses de vida.

Segundo a gerente de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES, Jakeline Miranda Fonseca, os índices de cobertura vacinal em Mato Grosso do Sul estão entre os mais altos do país: 99,82% para a Pentavalente, 99,85% para a DTP e 92,40% para a dTpa em adultos. A SES também promove capacitações para profissionais de saúde, além de desenvolver estratégias para ampliar a cobertura vacinal e detectar precocemente casos suspeitos.

No Brasil, em 2024, foram notificados 7.486 casos de coqueluche e 29 mortes. Cerca de 95% dos óbitos ocorreram em menores de 1 ano e 82% das mães não haviam sido vacinadas. O cenário motivou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a emitir alerta sobre o crescimento da doença na América Latina, com foco em países como Colômbia, México, Equador e Paraguai.

Entre as orientações da Opas, destacam-se a necessidade de vigilância ativa, tratamento rápido dos casos suspeitos e quimioprofilaxia dos contatos próximos, que devem ser monitorados por até 42 dias — tempo de incubação da doença. A SES reforça ainda a importância da disseminação de informações confiáveis à população e aos profissionais da rede de saúde.

SOBRE O AUTOR

Foto de Odirley Deotti

Odirley Deotti

Odirley Deotti é jornalista, escritor, designer gráfico e chefe de redação do Guia MS Notícias.

Que tal assinar nossa Newsletter e ficar por dentro das novidades?

[newsletter]

LEIA