Aumento acima da inflação passa a vigorar em janeiro de 2025 e provoca debates na Câmara Municipal.
Prefeitura da capital aprova reajuste de 6,6% na tarifa de água e esgoto
Foto: Divulgação

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Os mora­do­res de Campo Grande terão um aumen­to de 6,6% na tari­fa de água e esgo­to a par­tir de 3 de janei­ro de 2025. O rea­jus­te foi auto­ri­za­do pelo pre­si­den­te da Agência Municipal de Regulação (Agereg), Odilon de Oliveira Júnior, e supe­ra a infla­ção acu­mu­la­da de 4,76% no últi­mo ano, con­for­me o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O acrés­ci­mo foi divi­di­do em duas par­tes: 4,60% cor­res­pon­dem ao rea­jus­te tari­fá­rio anu­al e 2,07% à recom­po­si­ção econô­mi­ca-finan­cei­ra do con­tra­to da con­ces­si­o­ná­ria Águas Guariroba, resul­ta­do de deci­são judi­ci­al obti­da pela empre­sa.

Debate na Câmara Municipal

O aumen­to gerou con­tro­vér­sia entre os vere­a­do­res de Campo Grande. Durante a ses­são legis­la­ti­va des­ta ter­ça-fei­ra (3), a vere­a­do­ra Luiza Ribeiro (PT) apre­sen­tou um pro­je­to para ten­tar bar­rar o per­cen­tu­al adi­ci­o­nal de 2,07%. A pro­pos­ta pre­ci­sa da apro­va­ção de pelo menos 15 dos 29 vere­a­do­res para ser imple­men­ta­da.

“Desde 2017, as tari­fas aumen­ta­ram 115%, enquan­to a infla­ção foi de 60%. Precisamos garan­tir modi­ci­da­de nos valo­res cobra­dos. Não desis­ti­rei des­sa luta”, decla­rou a par­la­men­tar, que tam­bém ques­ti­o­na a fal­ta de trans­pa­rên­cia em rela­ção à deci­são judi­ci­al que jus­ti­fi­cou o aumen­to.

Impacto econômico e comparação

Com um lucro diá­rio esti­ma­do em R$ 863 mil ao lon­go de 2023, a Águas Guariroba regis­trou um aumen­to de 10,4% em seus ganhos em rela­ção ao ano ante­ri­or. Mesmo assim, a tari­fa cobra­da pela con­ces­si­o­ná­ria será 57,7% mai­or que a pra­ti­ca­da pela Sanesul, esta­tal que ope­ra em outros muni­cí­pi­os do esta­do.

SOBRE O AUTOR

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Odirley Deotty

Odirley Deotti é jornalista, escritor, designer gráfico e chefe de redação do Guia MS Notícias.

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