O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) divulgou o balanço inicial da Operação Piracema, iniciada em 5 de novembro, que já resultou na apreensão de mais de 400 quilos de pescado e na emissão de multas que somam R$ 46.800,00. Com ações de fiscalização reforçadas em todo o Estado, a operação visa coibir a pesca predatória e proteger os recursos pesqueiros durante o período de reprodução dos peixes, contribuindo para a sustentabilidade dos rios sul-mato-grossenses.
Desde o início da operação, foram realizadas fiscalizações em 33 estabelecimentos comerciais e ranchos de pesca, além de barreiras nos municípios de Terenos, Campo Grande e Aquidauana. Essas ações resultaram na abordagem de 422 veículos e na emissão de seis autos de infração. Entre as irregularidades constatadas estão construções sem licença e poços sem Declaração de Uso de Recursos Hídricos (DURH), além de infrações relacionadas à coleta, transporte e armazenamento irregular de pescado.
O Imasul, durante as fiscalizações, realiza um trabalho minucioso de inspeção ambiental, verificando não apenas irregularidades relacionadas ao pescado, mas também a conformidade de licenças ambientais, outorgas de uso da água e gestão de resíduos sólidos. Esse esforço integrado reforça o compromisso do órgão com a preservação dos recursos naturais. Para Luiz Mário Ferreira, diretor de licenciamento do Imasul, a operação é um exemplo de como o trabalho conjunto pode gerar resultados positivos. “A Operação Piracema é um exemplo de como o trabalho conjunto entre fiscalização, educação ambiental e conscientização pode gerar resultados positivos. A atuação com a Polícia Militar Ambiental e outras instituições tem sido decisiva para coibir práticas ilegais e proteger os nossos rios”, destacou.
A edição 2024/2025 da Operação Piracema conta com o maior efetivo já mobilizado no Estado. São 320 policiais militares ambientais, 70 fiscais do Imasul e 120 policiais da Polícia Militar Rural (PMR), atuando de forma integrada. Além disso, a operação utiliza tecnologia avançada, como o monitoramento por satélite e inteligência georreferenciada, para identificar pontos críticos de pesca intensiva nos 184 mil trechos de rios sul-mato-grossenses. As barreiras quádruplas, estrategicamente implantadas, dificultam as ações de pescadores ilegais, enquanto a fiscalização ostensiva garante o cumprimento do período de defeso. Durante esse período, toda pesca está proibida, exceto para comunidades ribeirinhas que dependem do pescado para subsistência. Nessas situações específicas, é permitido capturar até um exemplar ou três quilos de peixe por dia, exclusivamente para consumo próprio.
A participação da população é fundamental para o sucesso da operação. Denúncias de infrações ambientais podem ser realizadas anonimamente pelo telefone 181, com garantia de sigilo da fonte. Esses primeiros resultados da Operação Piracema demonstram o comprometimento das instituições envolvidas e destacam a eficácia das ações no combate à pesca predatória e às irregularidades ambientais. A iniciativa reforça a importância da preservação dos rios e dos recursos naturais de Mato Grosso do Sul para as futuras gerações.