Foi pactuada na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), em reunião realizada na última semana, a criação da Central Única de Regulação da Urgência e Emergência para as macrorregiões de Campo Grande e Três Lagoas. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES), tem como objetivo unificar estruturas hoje independentes, promovendo mais agilidade, racionalização de recursos e transparência no acesso a leitos hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS).
A nova Central será responsável por gerenciar o acesso a leitos destinados a atendimentos de urgência e emergência em unidades públicas, contratadas ou conveniadas com o Estado. O processo será operado por meio do Complexo Regulador Estadual (Core), exigindo das unidades envolvidas a atualização em tempo real do Mapa de Leitos.
Segundo a superintendente de Gestão Estratégica da SES, Maria Angélica Benetasso, a mudança representa um avanço importante na regionalização da saúde no Estado. “A pactuação da Central Única é um marco importante na organização da nossa rede hospitalar. Com ela, vamos garantir que o acesso aos leitos de urgência e emergência aconteça com mais equidade e agilidade, respeitando a integralidade do cuidado ao usuário do SUS”, afirmou.
Atualmente, Campo Grande e Três Lagoas contam com estruturas regulatórias próprias, o que acaba gerando duplicidade de processos e dificultando a comunicação entre os serviços. A unificação busca superar essas falhas, permitindo uma atuação mais coordenada, com melhor uso da infraestrutura e da tecnologia disponível, além de ampliar a rastreabilidade e auditabilidade das decisões.
Implantação será feita em quatro etapas
A implementação da Central Única será conduzida em quatro fases. A primeira consiste em um diagnóstico situacional, com análise dos fluxos existentes, contratos firmados e indicadores de desempenho das centrais atuais. Na segunda etapa, será feito o planejamento da integração, incluindo reorganização das equipes, padronização dos fluxos e unificação das estruturas físicas e sistemas de informação.
A terceira fase será a execução do novo modelo, com adequações nos espaços físicos, capacitação de profissionais e implantação progressiva dos novos procedimentos. Por fim, o projeto passará por monitoramento contínuo, com uso de indicadores e reuniões técnicas para avaliação de resultados.
Entre os principais objetivos da nova Central estão a redução do tempo de resposta no atendimento a pacientes graves, eliminação do retrabalho causado pela duplicidade regulatória e melhoria da transparência nas decisões.
Para o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, a medida representa uma mudança estratégica na forma de gestão. “Vamos sair de um modelo fragmentado para uma regulação unificada, eficiente e com foco no paciente. Isso significa resposta mais rápida para quem precisa de um leito, melhor uso dos recursos e uma gestão mais moderna e integrada”, destacou.
Com a unificação, a expectativa é que Mato Grosso do Sul fortaleça sua capacidade de resposta nos atendimentos de urgência e emergência, promovendo uma saúde pública mais eficiente, equitativa e transparente.
















