A realidade das mães atípicas no mercado de trabalho foi debatida em audiência pública realizada na quarta-feira (6) na Câmara Municipal de Campo Grande, com participação do deputado estadual Caravina (PSDB). O encontro, proposto pelo vereador Professor Juari, reuniu mães cuidadoras de filhos com deficiência, especialistas da área da saúde, representantes da sociedade civil e autoridades políticas.
Durante a audiência, foram discutidos os obstáculos enfrentados por mulheres que precisam conciliar o cuidado integral dos filhos com a busca por renda. Muitas dessas mães se dedicam exclusivamente às demandas médicas, terapêuticas e escolares das crianças, enfrentando longas jornadas sem o apoio de uma rede pública estruturada.
Caravina destacou a urgência de políticas públicas que atendam à realidade dessas famílias. Ele afirmou que a ausência de serviços integrados e a falta de flexibilidade no mercado de trabalho excluem milhares de mulheres. “Essas mães enfrentam uma dupla, ou até tripla jornada. Elas vivem uma rotina marcada pelo constante acompanhamento de terapias, exames e atendimentos, muitas vezes sem contar com estruturas públicas preparadas para acolher de forma digna e eficiente”, disse o parlamentar.
Estado, municípios e empresas devem agir em conjunto
Para o deputado, a responsabilidade por garantir oportunidades a essas mães deve ser compartilhada entre Estado, municípios, empresas e sociedade civil. Ele defendeu medidas que vão além do discurso, como educação especializada, atendimento de saúde contínuo e suporte social, tanto para os filhos quanto para as mães.
Caravina também reforçou o papel do Legislativo na construção de soluções efetivas: “Ouvir as mães, é o primeiro passo para construir políticas públicas reais, baseadas na vivência de quem sente na pele. Nosso mandato está à disposição para transformar essas vozes em ações”.
Ao final da audiência, o deputado assumiu o compromisso de acompanhar os encaminhamentos e propor iniciativas que viabilizem mudanças práticas. “Cuidar de quem cuida é obrigação do Estado. Garantir o direito dessas mães é também garantir o futuro de suas crianças, com dignidade, inclusão e justiça”, concluiu.
















