O número de suspeitas de fraude para furto de energia elétrica cresceu 62% em 2024, em comparação com o ano anterior. Enquanto em 2023 a média mensal de denúncias era de cerca de 6 mil casos, em 2024, de janeiro a novembro, a média aumentou para 9,9 mil casos. Esse aumento significativo está diretamente relacionado às ações intensificadas pela Energisa, em parceria com a Polícia Civil, para combater fraudes no sistema de fornecimento de energia.
Até o mês de novembro de 2024, 168 pessoas foram levadas à delegacia sob suspeita de envolvimento em atividades ilegais relacionadas ao furto de energia. As investigações são realizadas com base em análise de dados e em tecnologias de monitoramento avançadas, que identificam inconsistências nos registros de consumo. A medida tem sido eficaz para detectar irregularidades e prevenir a perda de recursos.
A Energisa, juntamente com a polícia, realiza fiscalizações regulares, conforme as diretrizes estabelecidas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que exige das distribuidoras ações contínuas contra o uso irregular da energia elétrica.
Jonas Ortiz, coordenador comercial da Energisa, destaca a gravidade do problema. “Temos intensificado as ações de fiscalização para evitar que a sociedade pague um preço caro pela atitude criminosa de algumas pessoas. Além de colocar em risco a vida de pessoas inocentes, a fraude e o furto de energia provocam elevação da tarifa para todos os consumidores da Energisa Mato Grosso do Sul. A população também sente o impacto no repasse aos cofres públicos, do dinheiro que poderia ser investido em segurança pública, saúde e educação, entre outros”, afirmou Ortiz.
No período de janeiro a novembro de 2024, mais de R$ 68 milhões deixaram de ser repassados aos cofres públicos devido ao furto de energia, superando todo o montante de 2023. A distribuidora mantém um centro de monitoramento de fraudes e oferece canais de atendimento para que a população possa denunciar situações suspeitas, com a garantia de anonimato.