Há qua­tro dias, fami­li­a­res e ami­gos de Eli Pereira dos Santos, de 32 anos, estão em bus­ca de infor­ma­ções sobre seu para­dei­ro. A mulher teria sido seques­tra­da pelo ex-com­pa­nhei­ro no últi­mo sába­do à noi­te, em Camapuã, cida­de a cer­ca de 140 quilô­me­tros de Campo Grande.

De acor­do com os rela­tos divul­ga­dos em redes soci­ais e gru­pos de men­sa­gens, Eli esta­va escon­di­da na casa de sua mãe para fugir do sus­pei­to após o tér­mi­no do rela­ci­o­na­men­to. Testemunhas afir­mam ter vis­to três pes­so­as forçando‑a a entrar em um car­ro ver­me­lho.

Relatos tam­bém indi­cam que Eli foi avis­ta­da na região rural de Capim Branco, apa­ren­tan­do estar gra­ve­men­te feri­da. “As últi­mas notí­ci­as que obte­mos é que pas­sa­ram por uma fazen­da e ela esta­va com o ros­to des­fi­gu­ra­do”, diz uma das men­sa­gens com­par­ti­lha­das. Um mora­dor teria ten­ta­do ofe­re­cer água e comi­da, mas ela esta­ria mui­to debi­li­ta­da para se ali­men­tar.

Pistas e inves­ti­ga­ção
Durante as bus­cas, fami­li­a­res encon­tra­ram obje­tos pes­so­ais de Eli, como um chi­ne­lo arre­ben­ta­do e seus ócu­los de grau, indis­pen­sá­veis devi­do ao gra­ve pro­ble­ma de visão que requer 17 graus de cor­re­ção. A famí­lia rela­ta que ela vinha sen­do man­ti­da em cár­ce­re pri­va­do, onde sofria abu­sos, tor­tu­ras e agres­sões antes de con­se­guir esca­par para a casa da mãe.

A Polícia Civil foi aci­o­na­da e está inves­ti­gan­do o caso, enquan­to a famí­lia pede aju­da da comu­ni­da­de para loca­li­zar Eli.

A mãe de Eli gra­vou um vídeo como­ven­te, implo­ran­do por socor­ro para encon­trar a filha. “Eu que­ria que todos se unis­sem para tra­zer minha filha de vol­ta por­que eu não supor­to mais. Ela não saiu por von­ta­de pró­pria, não que­ria mais esse rela­ci­o­na­men­to. Tava can­sa­da de sofrer, de apa­nhar, de ser judi­a­da”, dis­se a mãe, visi­vel­men­te aba­la­da.

Segundo fami­li­a­res, após a sepa­ra­ção, o ex-com­pa­nhei­ro de Eli já havia ten­ta­do levá-la à for­ça da casa da mãe em outras duas oca­siões. O irmão da víti­ma des­cre­veu o momen­to como deses­pe­ra­dor. “Recebemos infor­ma­ções de que ela está mui­to machu­ca­da, feri­da”, rela­tou em um áudio com­par­ti­lha­do com ami­gos e paren­tes.

As bus­cas con­ti­nu­am, e a famí­lia segue mobi­li­za­da para encon­trar Eli, espe­ran­do por jus­ti­ça e um des­fe­cho posi­ti­vo para o caso.