O Ministério da Saúde atualizou o Calendário Nacional de Vacinação contra a Covid-19, incluindo gestantes e idosos entre os grupos que receberão doses regulares. Gestantes deverão ser vacinadas com uma dose a cada gestação, enquanto idosos com 60 anos ou mais passarão a receber uma dose a cada seis meses.
No caso de crianças entre 6 meses e menores de 5 anos, o esquema vacinal também foi alterado. Agora, o esquema primário passa a ser de três doses da vacina da Pfizer, com intervalos específicos. A mudança no calendário inclui ainda o imunizante da Zalika Farmacêutica no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Essa vacina será aplicada em pessoas com mais de 12 anos e traz vantagens logísticas, como maior prazo de validade e facilidade de armazenamento em temperaturas entre 2°C e 8°C.
As novas diretrizes já foram enviadas para as secretarias estaduais e do Distrito Federal. A publicação oficial com os detalhes técnicos foi divulgada no site do Ministério da Saúde nesta semana.
Além das atualizações para gestantes, idosos e crianças, o Ministério da Saúde reforçou que a vacinação de outros grupos prioritários continua. Entre eles estão pessoas imunocomprometidas, indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, comorbidades ou em situação de rua, além de populações em instituições de longa permanência e privados de liberdade. Para imunocomprometidos, a recomendação é de uma dose a cada seis meses. Os demais grupos prioritários deverão receber uma dose anual, independentemente do número de doses previamente aplicadas.
Os imunizantes disponíveis no Brasil — Spikevax (Moderna), Comirnaty (Pfizer) e Zalika Farmacêutica — serão utilizados conforme a faixa etária e o histórico vacinal de cada indivíduo. Crianças que iniciarem o esquema com a vacina da Pfizer deverão completar três doses, respeitando intervalos de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose, e oito semanas entre a segunda e a terceira. Já aquelas que começaram com a vacina da Moderna devem finalizar o esquema com duas doses, aplicadas com intervalo de quatro semanas.
Com as mudanças, o governo busca anualmente fortalecer a proteção da população contra a Covid-19, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, além de garantir a ampliação da cobertura vacinal no país.