O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor), deu mais um passo na busca por um acordo entre as vítimas do rompimento da barragem em Jaraguari e os proprietários do empreendimento responsável pelo incidente, ocorrido em 20 de agosto de 2024.
Na reunião realizada na última quarta-feira (11), os promotores de Justiça, as advogadas dos proprietários e 11 vítimas discutiram propostas de indenização e recuperação ambiental. O encontro resultou em um consenso preliminar, que será formalizado nos próximos dias.
Entre os pontos principais do acordo está a recuperação ambiental da área afetada, que inclui as propriedades impactadas, margens do rio, mata ciliar e outras medidas indicadas em estudo técnico do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). Os proprietários já apresentaram um projeto para essas ações, incluindo o cercamento e o plantio de mudas, a serem avaliados pelo órgão ambiental.
Além disso, foi protocolado o pedido de licenciamento para a recuperação da barragem e do loteamento, com o objetivo de garantir a segurança da estrutura conforme determinações legais.
No que diz respeito aos danos financeiros, os responsáveis concordaram em atender integralmente os pedidos de indenização de sete das 11 vítimas presentes. Para as demais, foi apresentada uma contraproposta que será submetida à avaliação individual. O valor total das indenizações em discussão é de R$ 1,305 milhão, com exceção de um caso que exige análise mais detalhada dos danos.
Para as vítimas que não aceitarem as condições propostas, os valores serão depositados em juízo e ficarão disponíveis para eventuais ações individuais que possam ser movidas.
O MPMS também avalia o impacto ambiental irreversível do incidente e poderá ingressar com uma ação específica para tratar desses danos.