Nesta sexta-feira (29), às 18h, a Câmara Municipal de Campo Grande será palco da audiência pública “O Uso de Celulares por Crianças e Adolescentes: Riscos, Cuidados e Controle”. Promovida pela vereadora Luiza Ribeiro (PT), a iniciativa é organizada pela Comissão Permanente de Políticas e Direitos das Mulheres, de Cidadania e Direitos Humanos, em parceria com o Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (NUDECA) e os cursos de Artes Visuais da UFMS.
O evento visa discutir os impactos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos na saúde física e mental de crianças e adolescentes. Para a vereadora, a audiência busca conscientizar a sociedade sobre questões como a “intoxicação digital infantil” e a importância de um equilíbrio entre o uso da tecnologia e atividades offline: “As crianças têm tido acesso precoce a smartphones e tablets, o que prejudica o desenvolvimento saudável de brincadeiras ao ar livre e o contato direto com outras crianças.”
Riscos e recomendações
Estudos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) destacam que o uso excessivo de telas pode prejudicar interações familiares e sociais. A entidade recomenda a substituição das atividades online por brincadeiras ao ar livre, atividades físicas e jogos adequados à idade.
A audiência também abordará o projeto de lei aprovado na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, que propõe a proibição do uso de celulares em escolas públicas e privadas para alunos da educação básica, incluindo durante os intervalos.
Convidados e participação pública
Diversos órgãos e entidades foram chamados para compor o debate, incluindo as Secretarias Municipal e Estadual de Educação, Defensoria Pública, Conselheiros Tutelares, Fórum Permanente de Educação Infantil de Mato Grosso do Sul, Conselhos Estadual e Municipal de Educação, e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de MS.
Para a vereadora Luiza Ribeiro, o diálogo entre sociedade civil, famílias e escolas é essencial:
“Queremos incentivar a cooperação para um ambiente digital mais seguro e discutir diretrizes que equilibrem o uso da tecnologia na infância.”
A audiência é aberta ao público e busca promover soluções e políticas públicas que favoreçam o uso saudável e responsável da tecnologia por crianças e adolescentes.